
“A Mentira”, de Florian Zeller e a verdade incômoda sobre um casamento.
A peça abre um diálogo instigante sobre fidelidade, honestidade e a realidade da monogamia em casamentos.
Quem é Florian Zeller?
Florian Zeller é um dramaturgo francês. Seu primeiro livro publicado no Brasil se passa no Cairo e trás as diferenças culturais de dois mundos. Foi premiado com o Prix Interallié em 2004, pela obra La Fascination du Pire.

O assunto abordado em A Mentira é sobre quanta sinceridade os relacionamentos íntimos podem suportar. O foco da peça está em Paulo e Alice, que estão prestes a entreter seus amigos casados, Michel e Laurence, para jantar. Como Alice já havia visto Michel beijando uma mulher apaixonadamente na rua, ela se depara com um dilema: Será que ela deveria revelar o que viu à esposa de Michel?
Ela parece ter uma compulsão pela verdade, enquanto seu marido, o eterno pragmático, defende a mentira necessária. Mas apesar de nunca vermos a festa de jantar, a peça nos mostra como o casamento de Paul e Alice é um labirinto interminável de mentiras.
Zeller aplica a lógica cartesiana à comédia de adultério padrão. Ele também define astutamente o modo como as atitudes morais costumam ser ditadas pelo interesse próprio: quando Paulo afirma que “mentir é um sinal de amor”, você nunca tem certeza se está argumentando por princípio ou simplesmente protegendo sua própria base. Mas, embora a peça seja astutamente observadora, também parece claustrofóbica.
A peça no Brasil
Pela primeira vez no Brasil, a montagem tem direção e tradução de Miguel Falabella e terá ainda no elenco Karin Hills e Frederico Reuter.
Um grande sucesso em sua temporada europeia, o espetáculo ganha em julho sua primeira montagem brasileira. Com assinatura da Atual Produções, o espetáculo foi adaptado e dirigido por Miguel Falabella, que também protagoniza a peça ao lado de Zezé Polessa, Karin Hils e Frederico Reuter.

Serviço
Uma realização da Atual Produções, o espetáculo estréia em 04 de julho no Teatro Colinas, em São José dos Campos, onde faz temporada de duas semanas, até 13 de julho; de lá ele segue para Presidente Prudente, com apresentações no Teatro Paulo Roberto Lisboa, dias 19 e 20 de julho; segue depois para o Teatro Ufes, em Vitória, com curta temporada de apenas uma semana (25, 26 e 27 de julho); em Santos as apresentações acontecem nos dias 04, 05 e 06 de agosto, no Teatro Coliseu; em Jundiaí no dia 09 de agosto, no Teatro Polithiama; em Piracicaba no dia 10 de agosto no Teatro Dr. Losso Neto; e em Campinas, temporada de duas semanas, entre os dias 16 de agosto e 1º de setembro, no Teatro Iguatemi. Ainda este ano, a peça será vista nos palcos do Rio de Janeiro e de São Paulo, e em 2020, a peça fará uma turnê pelo nordeste.